terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Resenha - A Máquina do Tempo


 E voltamos ao hábito de postar resenhas. Essa semana foi fraca, mas estou voltando com mais uma obra prima que não é lançamento, porém é de um pioneiro em assuntos de zumbis, vampiros e romances sem final feliz.
 Eu falo de Herbert George Wells - ou simplesmente H.G. Wells – um dos primeiros bem sucedidos escritores e jornalistas a se aventurar por entre o mundo da fantasia e da ficção científica. Wells é um dos maiores questionadores do ser humano e da civilização em sua base educacional e racional, criticando-os em seus livros e discutindo seus prováveis futuros. Ele também contribui com outros títulos, como A Ilha de Dr. Moreau, um homem exilado por querer transformar animais em seres humanos, e O Homem Invisível, um cientista que depois de uma experiência fica completamente invisível. Vou direto para a resenha, pois é um livro que se tem muito para falar.

A Máquina do Tempo
 A Máquina do Tempo é um livro para ser lido sem preconceitos. Fala sobre o futuro da maior espécie civilizada e organizada do Planeta Terra, o ser humano. O autor lida com pressupostos e suposições de uma catástrofe com o ser humano e sua divisão em dois grupos: um que vive na luz e povoa a região superior e o grupo que é sensível a qualquer tipo de iluminação e vive no subterrâneo.
 Ambos os grupos seriam indiferentes a qualquer tipo de inteligência e desconheciam as atuais necessidades básicas, como, por exemplo, o fogo. Eles não possuíam se quer alguma instituição e todos os ambientes que conhecemos hoje eram como peças de museu e não tinham a menor utilidade para um povo que precisava de tão pouco para sua sobrevivência.
 O personagem principal é o Viajante do Tempo, que demonstra seu experimento para um grupo de curiosos, entre ele o narrador da trama. Ele vai até o futuro e encontra esta raça e a história se baseia em um único conflito e sua resolução: quando o Viajante acaba sendo roubado e perdendo sua máquina do tempo e sua única possibilidade de regressar a sua época.
 Um dos aspectos positivos do livro é a descrição detalhada que o autor nos dá de cada canto da nova terra e dos povos diferentes que ele encontra em sua expedição. Outro ponto que favorece o livro é o estudo que o tal Viajante produz, em dizer que a Duração também pode contribuir para se realizar uma viagem no tempo, assim como as três dimensões: altura, largura e profundidade.
 É uma obra digna de elogios, porém de um autor com pouca experiência fazendo com que a sua originalidade a deixe perpetuando por muito e muito tempo, sem perder o crédito da originalidade. Mas outra coisa pode indignar o leitor perspicaz. O Viajante se desloca para uma realidade muito distante da nossa – exatamente para o ano 802.701 d.C – e, para o nosso avanço tecnológico e previsões da sociedade atual, é possível crer que o tal futuro jamais exista, e que o ser humano não seja como os personagens de Wells - regredidos na capacidade intelectual – e sim com uma quantidade maior de tecnologia e menor espaço geográfico, bem diferente dos campos ilesos e sem o dedo do homem.
 Entretanto, A Máquina do Tempo foi escrita às pressas por Wells, que, na época, precisava de uma fonte de renda para se sustentar. Mas é impossível negar sua capacidade criativa e sua desenvoltura para criar narrativas inteligentes e que acabam por transportar o leitor. Ele escreveu outras obras que também possuem críticas positivas e uma enorme carga de ficção científica – e algumas nem estão muito longe de acontecer.


SE VOCÊ GOSTOU DA RESENHA COMENTE E NOS AJUDE A DIVULGAR. SE NÃO GOSTOU VOCÊ TAMBÉM SE EXPRESSAR. ACHA QUE FALTA ALGUMA COISA OU O AUTOR DA RESENHA COMETEU UM EQUÍVOCO? MANDE UM E-MAIL PARA RIONAVEGANTE@HOTMAIL.COM E DÊ SUGESTÕES, CRITIQUE, OPINE E PODE ATÉ MESMO PEDIR UM SPOILER!

3 comentários:

  1. Oi, a resenha está ótima e o livro é bem diferente das histórias convencionais de vampiros que temos visto ultimamente. Ainda não li este livro, mas depois de sua resenha fiquei com vontade de conferir. Vlw a dica, bjus
    Lia Christo
    www.docesletras.com.br

    ResponderExcluir
  2. Oi, quanto tempo não é mesmo?!
    Gostei muito da resenha e nem sabia que você tinha esse livro, gostei muito da história e dos detalhes que você disse que o autor dá.
    Território das garotas
    @territoriodg
    Bjss *-*
    http://territoriodascompradorasdelivro.blogspot.com/

    ResponderExcluir
  3. Não acho nada impossível que num futuro distante aconteça isso mesmo - a regressão da raça humana, pois do jeito que caminha a humanidade, o crescente número de habitantes no planeta, o lixo eletrônico que daqui a algum tempo ninguém saberá o que fazer dele, diante de tanta novidade tecnológica que surge todo dia, chegará a época em que a humanidade terá de enfrentar seu maior temor, mesmo que hoje seja inconsciente: a escassez da água e alimentos... não duvido nada que chegará o dia em que a TERRA entrará em colapso e se revoltará contra seus habitantes e, os poucos que restarem serão obrigados a sobreviver num mundo repleto de "nada". Tudo se perderá, voltaremos a estaca zero, como no tempo dos homens das cavernas... tendo de lutar pelo pouco que sobrou para sobreviver. Mas, cercados de tanta tecnologia e facilidades, quem de nós da um tempo na vida para refletir sobre isso?

    ResponderExcluir

Manifeste-se aqui e deixe um comentário dizendo o que achou do post. Sugira, critique e questione!

Twitter Delicious Facebook Digg Stumbleupon Favorites More