sábado, 12 de novembro de 2011

Resenha - Dom Casmurro e os Discos Voadores


Lúcio Manfredi
 Se você já leu uma releitura de algum clássico, seja ele brasileiro ou estrangeiro, sabe que por mais realista ou fantástica que possa ser um autor consegue modificar o curso da história original, e dar a narrativa um desfecho surpreendente.
 Lucio Manfredi fez esta fantástica modificação em Dom Casmurro e os discos voadores.
 Na narrativa original, Machado de Assis conta a história do menino Bentinho, que se apaixona por Capitu, a amiga de infância da casa vizinha. Depois de enfrentar um seminário por causa de sua mãe, D. Glória, se forma em direito, casa-se com Capitu e tem seu primeiro e único filho, Ezequiel. Mordido pela dúvida da possível infidelidade de Capitu por causa da demasiada semelhança de seu filho com seu amigo de seminário, Escobar, se divorcia de sua esposa, não a vendo novamente até sua morte no exterior. Bento só revê seu filho uma única vez, antes de seu herdeiro morrer de tifo.
 Na história de Lucio Manfredi o desenrolar é um pouco diferente, já que alguns seres intergalácticos são inseridos na vida de Bentinho. Leia a resenha abaixo.

Dom Casmurro e os Discos Voadores
 Voltamos para a Rua de Matacavalos e Bentinho continua atrás da porta ouvindo o que sua mãe e o agregado falam. Por ter nascido, acreditando sua mãe, de um milagre, deveriia ser padre a qualquer custo. Capitu é sua amiga e vizinha. A integrante mais nova da família Pádua tem um desapreço enorme por José Dias e pelo Padre Cabral, e este sentimento é recíproco. Bentinho ainda não entende algumas relações sociais como a do Padre com Capitu, e como a esta pode ser tão inteligente e saber de coisas que nem o futuro Advogado Bento Santiago poderia saber.
 Dúvidas começam e se reproduzir na cabeça do menino a partir do primeiro beijo, uma tentativa de Capitu para que ele esquecesse ter visto cicatrizes, ou melhor, guelras em seus ombros. E a palavra aquepalo? O que significa este verbete proferido pelo mecânico agregado que não está em dicionário algum? E que tal o raio que destruiu parte da igreja e desceu de uma nuvem estranha que piscava luzes coloridas?
 Palavras estranhas, acontecimentos que seriam para muitos incomuns e atos – ou costumes– estranhos deixam Bento inquieto e curioso. Só depois de anos irá descobrir qual era o segredo que seus amigos esconderam dele e que algumas pessoas não são quem relamente deveriam ser.


OBS: O Rio Navegante segue a prática do NÃO SPOILER, para não estragar o prazer do descobrimento pela leitura. Se quiser saber mais, mande um e-mail para rionavegante@hotmail.com

5 comentários:

  1. Eu não li ainda o livro Dom Casmurro, mas já vi a série, e sei que a série não chega nem perto de uma das melhores histórias da nossa literatura brasileira, quem sabe uma dia pegue o livro emprestado hein Jonathan?
    Bom, mais gostei que o autor mudou algumas coisas, assim não fica uma leitura totalmente conhecida.E a viagem aprece que foi grande.
    Muito boa a resenha sem revelar nenhum spoiler!
    @territoriodcl
    Bjss *-*
    http://territoriodascompradorasdelivro.blogspot.com/

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  2. Bem,o que dizes de Dom Casmurro..Essa obra é fantástica e já li diversas vezes,uma das obras mais intensas e emblemáticas de nossa literatura.Mas,não li essa releitura e achei muito interessante.Gostei muito da resenha e já o tenho anotado para uma próxima leitura.
    Bjs!
    Zilda Mara
    http://cacholaliteraria.blogspot.com/

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  3. Nossa, nunca tinha visto falar nesse livro ! * o *
    Agora quero ler u-u kkkk Adorei a resenha, bem mara ( ;

    Seguindo..

    papeldeumlivro.blogspot.com

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  4. eu ja tinha visto para comprar. parece legal e bem interessante.
    :D

    Otima resenha!

    @RianBPotter
    http://euelivros.blogspot.com/

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